10 imagens incríveis da vida selvagem que concorrem a prêmio de fotografia

2046

As fotos da 55ª edição do Wildlife Photographer of the Year foram selecionadas entre 48 mil registros de fotógrafos de mais de 100 países.

Lucky break, do inglês “pausa da sorte” da categoria: vida selvagem urbana. Foto: Jason Bantle / Natural History Museum

As fotos mais elogiadas que estão concorrendo na 55ª edição do Wildlife Photographer of the Year trazem cenas impressionantes da vida selvagem. O concurso, que é uma das premiações internacionais mais prestigiadas de fotografia da natureza, recebeu imagens de 48 mil fotógrafos de mais de 100 países.

A premiação vai acontecer no dia 15 de outubro no Museu de História Natural de Londres, e as fotos selecionadas ficarão em exibição entre os dias 18 de outubro e 31 de maio de 2020. Veja abaixo algumas imagens que são destaque na competição:

Lucky break (“pausa da sorte”), da categoria vida selvagem urbana (foto acima)

Em uma fazenda na província canadense de Saskatchewan, Jason Bantle flagrou um guaxinim fêmea (Procyon lotor) colocando sua cabeça para fora de um carro Ford Pinto, da década de 1970.

Durante vários anos, o fotógrafo esperou pelo momento exato para fazer o clique – ele visitou o automóvel durante vários verões. No banco traseiro do carro estavam cinco alegres filhotes da guaxinim.

Beach waste (“lixo de praia”), da categoria fotojornalismo de vida selvagem

Beach waste, do inglês “lixo de praia” da categoria: fotojornalismo de vida selvagem. Foto: Matthew Ware / Natural History Museum

Um belo dia, o fotógrafo Matthew Ware acompanhou a rotina de uma equipe de patrulha no Refúgio Nacional de Vida Selvagem Bon Secour, localizado no estado norte-americano do Alabama. Mas, para a surpresa de Ware, ele viu uma tartaruga-marinha Lepidochelys cruelmente presa com uma corda em uma cadeira de praia.

A espécie de tartaruga tem em média 65 centímetros de comprimento e a espécie tem sofrido muito ao longo dos últimos 50 anos. Isso devido ao lixo e equipamentos de pesca descartados no mar e à atividade humana predatória, que inclui o consumo de ovos e carne desses animais

Touching trust (“confiança tocante”), da categoria fotojornalismo de vida selvagem

Touching trust, do inglês “confiança tocante” da categoria: fotojornalismo de vida selvagem. Foto: Thomas P Peschak / Natural History Museum

Na lagoa San Ignacio Lagoon, no México, o fotógrafo Thomas P Peschak registrou o momento exato no qual um turista em um barco colocava as suas mãos embaixo d’água e uma jovem baleia-cinzenta (Eschrichtius robustus) se aproximava.

Na região é comum a interação de baleias e seus filhotes com os visitantes no período do inverno, quando ocorre a reprodução da espécie. As fêmeas adultas têm um período de gestação de 12 meses e chegam a 15 metros de comprimento; já seus filhotes têm cerca de 4,5 metros.

Cool drink (“bebida legal ou gelada”), da categoria comportamento: pássaros

Cool drink, do inglês “bebida legal” da categoria: comportamento pássaros. Foto: Diana Rebman / Natural History Museum

A fotógrafa Diana Rebman visitou a ilha japonesa de Hokkaido e, em uma manhã bem fria de -20°C, viu várias aves lambendo a ponta de um pingente de gelo conforme o calor do sol o derretia.

Ela ficou surpresa ao notar como cada pássaro se revezava para tomar um gole e fotografou então uma ave chapim-rabilongo (Aegithalos caudatus) saboreando o gelo. Depois da foto, aquele “picolé” de gelo caiu e se quebrou no chão.

Sleeping like a Weddell (“Dormindo como Weddell”), da categoria preto e branco

Sleeping like a Weddell, do inglês “dormindo como Weddell” da categoria: preto e branco. Foto: Ralf Schneider / Natural History Museum

Uma foca-de-weddell ( Leptonychotes weddellii) aparece em uma imagem do fotógrafo Ralf Schneider dormindo tranquila em Larsen Harbour, na ilha Geórgia do Sul, no Oceano Atlântico.

O animal pode alcançar até 3,5 metros de comprimento e consegue mergulhar até 500 metros abaixo da superfície. As focas-de-weddell caçam debaixo d’água por mais de uma hora graças a reservas que elas possuem de uma enzima chamada mioblobina em seus músculos.

The hair-net cocoon (“ o casulo da teia de cabelo”), da categoria Comportamento: Invertebrados

The hair-net cocoon, do inglês “o casulo da teia de cabelo” da categoria: Comportamento Invertebrados. Foto: Minghui Yuan / Natural History Museum

Na floresta Xishuangbanna, localizada no sul da China, foi fotografado um delicado casulo de uma mariposa Cynamoth. Na imagem aparece uma teia construída pelo animal: a estrutura é tão minuciosa que possui apenas 4 centímetros.

A teia serve de proteção contra predadores, mas não impede a entrada de pequenas vespas. Para que ele fique suspenso dentro da teia, o animal fabrica uma seda quase invisível que o segura.

The climbing dead (“o morto escalador”), da categoria plantas e fungos

The climbing dead, do inglês “o morto escalador” da categoria: plantas e fungos. Foto: Frank Deschandol / Natural History Museum

Em um trabalho de campo na parte peruana da floresta amazônica, Frank Deschandol fotografou um bezouro Curculionoidea em um estado bizarro. Praticamente morto, como um zumbi, o animal aparece com uma espécie de fungo crescendo a partir de seu tórax.

O fungo parasita tomou conta do corpo do inseto enquanto ele ainda estava vivo, controlando seus músculos. Depois da morte, as estruturas criadas pelo fungo servem para que ele multiplique seus esporos e contamine outros animais.

Last gasp (“último suspiro”), categoria Comportamento: Animais

Last gasp, do inglês “último suspiro” da categoria: comportamento animal. Foto: Adrian Hirschi / Natural History Museum

A imagem de Adrian Hirschi mostra um filhote de hipopótamo sendo atacado por um hipopótamo adulto no Lago Kariba, no Zimbábue. O bebê quase foi afogado e massacrado – e sua mãe só pôde observá-lo de longe.

Jelly baby (“bebê água-viva”), da categoria debaixo d’água 

Jelly baby, do inglês “bebê água-viva” da categoria: debaixo d’água. Foto: Fabien Michenet / Natural History Museum

Sob o olhar do fotógrafo Fabien Michenet, um peixe de água doce Esox lucius aparece usando uma água-viva filhote como abrigo contra predadores. A imagem foi tirada a 20 metros, nas profundezas do Oceano Pacífico, próximo a Taiti, a maior ilha da Polinésia Francesa.

If penguins could fly, (“se pinguins pudessem voar”), da categoria Comportamento: Mamíferos

If penguins could fly, do inglês “se pinguins pudessem voar” da categoria: Comportamento Mamíferos. Foto: Eduardo Del Álamo / Natural History Museum

Eduardo Del Álamo fotografou um pinguim-gentoo ( Pygoscelis papua) correndo para sobreviver do bote de uma foca-leopardo (Hydrurga leptonyx) na costa da Antártica. A imagem foi totalmente planejada pelo fotógrafo: Del Álamo já tinha avistado o pinguim descansando no gelo e a foca patrulhando a área próximo à ilha de Cuverville.

Momentos depois, a foca saltou pra fora d’água com a boca aberta e o pinguim escapou ileso. As focas-leopardo são ótimos predadores e costumam perseguir pinguins por mais de 15 minutos antes de comê-los.